Os 23 anos da morte de Bartolomeu dos Santos, o Coxinho, culminará com os 15 anos de realização do Tributo que leva o seu nome. Amanhã a Companhia Folclórica Fruto da Raça Show abre as homenagens ao cantador falecido em 3 de abril de 1991, e que se tornou um dos mais expressivos nomes da cultura popular do Maranhão. A festa começa às 20h e segue até as 2h da manhã, na praça do Alto de Fátima (Bairro de Fátima).
A novidade do tributo para este ano é a quantidade de participantes convidados, bem mais do que no ano passado. Além da Companhia Folclórica Fruto da Raça Show formado Zequinha de Coxinho, Gilberto de Coxinho, Careca de João Câncio e Pititiu, haverá encontro de cantadores de boi dos sotaques da Ilha e da Baixada, o Boi Capricho do Bom Jesus (baixada), Boi da Matinha (matraca), danças portuguesas, entre outros grupos.
Coxinho: um dos maiores cantadores de bumba-boi do Maranhão
“Será a primeira vez que o Boi Capricho do Bom Jesus, do qual sou cantador vai participar e a gente fica feliz porque a cada ano que passa temos mais convidados, mais gente querendo participar desse tributo a Coxinho que foi e continua sendo muito importante para a cultura maranhense”, diz José Plácido Sousa dos Santos, o Zequinha, filho mais velho de Coxinho e idealizador do Tributo.
Coxinho morreu em 1991 aos 81 anos, é considerado uma das maiores vozes do bumba meu boi do estado do Maranhão no sotaque de Pandeirão, e autor da toada Urrou do Boi (1972), e que hoje é considerada o hino cultural e folclórico do Maranhão.
O Fruto da Raça Show foi criado para relembrar as toadas do amo de Pindaré. A Companhia foi criada após o sucesso do tributo realizado há 15 anos no Bairro de Fátima. O grupo apresenta os sotaques de zabumba, matraca (ilha) e baixada (Pindaré) e tem cerca de 40 componentes, dentre índias (2), índios (6), pandeiristas (6), cazumbas (4), caboclos de pena (3) e onceiros (2). Nas apresentações que costumam durar uma hora, as toadas são as mais diversas com foco nas composições de Coxinho e João Câncio, grande parceiro de Coxinho no Boi de Pindaré.
“Nós somos os únicos a cantar o Urrou do Boi completo. Esse é um momento de grande emoção. Além disso, temos no nosso repertório outras músicas do meu pai, como Anoitecer, Meu Vaqueiro Tu Tange a Boiada e Vou Soltar Minha Boiada, que foi a última toada que ele gravou.”, conta Zequinha. (PC)
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O quê? Tributo a Coxinho
Quando? Sábado (26), às 20h
Onde? Praça do Alto de Fátima
Quanto? Aberto ao público
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